ÓÐINN (ODIN) O rei dos deuses germânicos part 1

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010 em
Figura central do panteão germânico, o rei dos deuses; os germânicos, povo dado a luta e guerras, viam nele o protótipo da bravura, da altivez e do valor; os escandinavos dos últimos séculos pagãos, os Vikings aventureiros, terror do ocidente cristão foram os derradeiros a combater invocando o nome de Óðinn. Ao lado do deus Loki, é a personagem de mais complexa personalidade dentro do panteão germânico, o que fez com que, embora seu nome fosse exaltado por muitos poetas, permanecesse obscuro para o camponês simples, mais identificados com Þórr (Thor) e Freyr devido a suas características de deuses agrários.

Origens do nome:

Os nomes do deus são encontrados no antigo nórdico (Old Norse) Óðinn (Saxo Grammaticus, latinizando escreve Othinus), no germano Wotan e no primitivo germânico sob a forma de Wodanaz, no gótico, Vôdans, no dialeto das ilhas Feroé (nas costas da Noruega), Ouvin, no antigo saxão, Wuodan, no alto alemão, Wuotan, enquanto que entre os lombardos e na região da Vestefália aparece Guodan ou Gudan, e na Frísia, Wêda. Nos dialetos dos alamanos e borgundos temos a expressão Vut, usada até hoje no sentido de ídolo. Essas denominações estão ligadas pela raiz, no Old Norse, às palavras vada e od, e, no antigo alto alemão, à Watan e Wuot, que significavam a princípio “razão”, “memória” ou “sabedoria”. Mais tarde tornaram-se equivalentes a “tempestuoso” ou “violento”, sentido que os cristãos faziam empenho de acentuar, procurando depreciar a figura do deus pagão (o Old Norse odr tem também o sentido de “violento”). 

Dia da semana de dedicação:
  
O nome “quarta-feira”, dia que era dedicado ao deus, tomou as denominações, no inglês, wednesday (antigo saxão, wôdanes dag, anglo-saxão, vôdnes dag), no holandês, woensdag (média-neerlandês, woensdach), no sueco e dinamarquês, onsdag (Old Norse, odinsdagr), e no dialeto da Vestefália, godenstag ou gunstag
  
Citações na Edda Poética:

Na Edda Poética, o maior ciclo é naturalmente o do deus supremo, compreendendo as seguintes baladas: Baldrs Draumar (“Os Sonhos de Baldr”), Hárbarzljóð (“A Balada de Harbard”), Vafþrúðnismál (“A Balada de Vafthrudnir”), Grímnismál (“A Balada de Grimnir”) e Hávamál (“As Máximas de Hár”).
Óðinn se apresenta sob diversos nomes nas baladas édicas, de acordo com as exigências da situação. Sabemos, pela Völúspa (“A Profecia da Vidente”) e Hyndluljóð (“A Balada de Hyndla”), que ele era filho de Bur. As elevadas designações de “velho criador” e “pai dos homens”, que o poeta anônimo lhe deu em Baldrs Draumar e no Vafþrúðnismál, bem como a informação de que “Óðinn dera o fôlego” (Völuspá) a um casal inanimado, não deixa dúvidas sobre uma interferência na criação da humanidade. No Grímnismál há o cognome de “príncipe dos homens”, na Lokassena (“A Altercação de Loki”) de “pai das batalhas”, na Völuspá, de “pai dos exércitos”, e no Grípisspá (“A Profecia de Gripir”), de “pai da escolha” ou “pai dos mortos em batalha”.  

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