Símbolo:

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010 em
O martelo de Þórr, Mjöllnir, feito pelo anão Sindri, tem o cabo um pouco curto; não obstante esse defeito, a arma dos deus possui o poder maravilhoso de retornar sozinha, como um bumerangue as mãos daquele que o lança. O caráter, porém, essencial do martelo de Þórr é o trovão, o raio, o relâmpago; quando o trovão ribomba, é o carro de Þórr, puxado por bodes, que avança sobre a abóbada dos céus quando o raio atinge a terra, é a arma brilhante do deus que do alto foi arremessada. Vimos na Þrymskviða que o instrumento fora roubado pelo gigante Þrym (Thrym) e enterrado a oito milhas (cerca de 13 Km) dentro da terra. A propósito do episódio, há entre os camponeses alemães a seguinte crença popular: não o martelo, mas uma pedra afilada acompanha os raios da tempestade, penetrando sete milhas (cerca de 11 km) no solo. Depois volta lentamente uma milha por ano, até a superfície, e a propriedade, onde aparece, fica protegida contra os raios.
Os deuses dão grande importância ao martelo de Þórr, que ao lado das atribuições violentas, servia ainda de instrumento de sagração dos casamentos e nos atos judiciais; daí talvez a origem do martelo usado pelos juizes para por ordem nos tribunais hoje em dia. Seu martelo é um signo que também ocorre algumas vezes nas pedras onde há inscrições rúnicas (runestones) feitas por karls / bóndis, os fazendeiros e  agricultores, que indicavam no caso títulos de propriedade. Desempenhava também importante papel no casamento, pois não só afastava do casal as forças maléficas, mas atribuía a mulher a fecundidade; daí considerarem Þórr o deus da fecundidade também.
Também possui um cinturão mágico e suas luvas de ferro, ambos foram presentes dados pela giganta Gríðr (Grid) mãe de ðar (Vidar), o silencioso. O primeiro é um cinturão de força, que duplica o poder divino de Þórr ao ser afivelado. E suas luvas de ferro são responsáveis por manter o punho de seu martelo sempre preso a sua mão. Com essas armas vemo-lo em diversas passagens da Edda em Prosa enfrentado seus eternos inimigos, os gigantes.
Cultuação:
Þórr era conhecido como a divindade do trovão e das tempestades e tido como o responsável pela fertilidade da terra e pela prosperidade das colheitas. Invocado nas mágicas rúnicas como força vingadora. Þórr era o deus mais venerado pelos nórdicos, os habitantes da escandinávia, ao lado de Óðinn; os Vikings se chamavam “o povo de Þórr”. Entre as tribos não escandinavas, Þórr, era conhecido como Donar, e tinha uma importância menor, sendo mesmo inexistente entre algumas dessas tribos. 
Þórr foi identificado com Júpiter e até mesmo Hércules, devido sua força física; o historiador romano Tacitus relata, em sua Germânia (III), que os antigos germanos entoavam canções a um guerreiro-deus comparável ao Hércules latino. Alguns mitólogos levantam a hipótese de que esse seria o início de um culto primitivo a Þórr.


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